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sábado, maio 13, 2006

Capítulo 2

SOBRE O ARREPENDIMENTO E O VIR PARA CRISTO

O fim de toda a aflição é a descoberta dos nossos pecados, desde que nos levem aos pés do Salvador. Vamos então, como o filho pródigo, voltar ao nosso Pai. Logo acharemos paz e descanso para a nossa alma também.
Alguém neste mundo inteiro que seja considerado o pior de todos os pecadores, pode, pela graça na penitência do arrependimento, tornar-se tão bom como os melhores.
Ser verdadeiramente sensível à proximidade do pecado, é estar triste porque se fere profundamente nosso Deus e Criador. Somos mais afligidos por nós mesmos porque O estamos a magoar, do que por Ele.
As tuas intenções quando te arrependes, tanto quanto a negligência em desfavor da tua própria salvação, serão sempre um marco e um atestado contra ti no Juízo Final!
Qualquer arrependimento real e honesto, carrega consigo uma retórica divina, a qual persuade Cristo a perdoar montanhas de pecados acometidos contra Ele.
Nunca diga a si mesmo que amanhã se arrependerá, pois é seu dever fazê-lo hoje.
O evangelho da graça de Cristo e da Sua salvação, estará sempre acima de todas as outras doutrinas, mas não deixa de ser a mais perigosa de todas caso seja recebida por homens desprovidos dessa mesma graça. Se esta não for sustentada com uma necessidade absoluta dum Salvador real, nunca é graça. A tais homens e mulheres que têm apenas a noção de tudo aquilo que é esta graça de Deus, digo que serão sempre os mais miseráveis e execráveis de toda a raça humana. Porque sabem através da sua razão muito mais que os pagãos da terra, esta será a sua única porção: no fim apanharão com mais açoites que todos.